Seguro-defeso custaria R$ 1,6 bi; governo alega 'incerteza' sobre destinatários.

Em dezembro, Congresso derrubou portaria que cortava o benefício.

A presidente Dilma Rousseff apresentou nesta quarta-feira (6) uma ação junto ao Supremo Tribunal Federal (STF) para manter suspenso por 120 dias o defeso, período em que pesca é proibida para preservar a reprodução dos peixes. Por consequência, o governo deixaria de pagar o seguro-defeso, benefício da Previdência concedido no período da proibição.

A ação visa derrubar um decreto legislativo aprovado<http://g1.globo.com/politica/noticia/2015/11/camara-aprova-sustar-portaria-que-libera-pesca-na-epoca-de-reproducao.html> em dezembro pelo Congresso que anulava os efeitos de uma portaria<http://g1.globo.com/natureza/noticia/2015/10/portaria-libera-pesca-durante-periodo-reprodutivo-de-peixes.html> dos Ministérios da Agricultura e do Meio Ambiente que também suspendiam o defeso e o pagamento do seguro.

Conforme a ação, o pagamento do benefício traria um impacto de R$ 1,6 bilhão aos cofres públicos, que seriam pagos a partir da próxima segunda-feira (11), além de outros R$ 3 milhões em custos operacionais.

Na ação, o governo alega "incerteza" em relação aos destinatários do benefício, alegando ser necessário realizar um recadastramento dos pescadores para evitar fraudes no recebimento. Além disso, argumentou ser preciso reavaliar o período para a preservação dos peixes.

"O período de recrutamento de uma determinada espécie pode mudar de um ano para o outro devido a alterações climáticas ou outras variações ambientais. Dessa forma, faz-se necessária uma revisão periódica de normas que instituíram períodos de defeso, para que estes não percam totalmente a sua finalidade", argumentou.

Segundo o Ministério da Agricultura, a liberação da pesca não causaria impacto no meio ambiente. Deputados contrários à portaria, porém, argumentaram que a liberação da pesca no período reprodutivo poderia comprometer a produção pesqueira no futuro.

Na ação, o governo diz que o decreto do Congresso invadiu competência do Executivo e que, com a ação, não está afrontando um direito ao benefício dos pescadores, mas garantindo o livre exercício de sua atividade.

Fonte: http://g1.globo.com/politica/noticia/2016/01/governo-vai-ao-stf-para-suspender-pagamento-de-seguro-pescadores.html

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